Adeus desktops: os notebooks chegaram para ficar

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Já imaginou como seria a sua vida sem o seu notebook? Checar e-mails, redes sociais, navegar pela internet ou simplesmente assistir um filme se tornaram tarefas imprescindíveis em nossas vidas com o uso de um notebook. Seja no quarto ou na sala, os dispositivos móveis proporcionaram realizar diferentes atividades do dia-a-dia com muito mais conforto e comodidade… No entanto, nem sempre foi assim. Os aparelhos tiveram que evoluir muito para se tornar um dos dispositivos favoritos entre os consumidores.

O início de tudo

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O primeiro modelo de notebook foi desenvolvido em 1979 e lançado em 1982. Conhecido como GRiD Compass, o portátil pesava aproximadamente 12 kg e podia ser adquirido por US$ 8.150 (o que na época era considerado valor bem alto, aproximadamente US$ 20 mil hoje). Revestido de liga de magnésio, o equipamento possuía um processador Intel 8086, tela eletroluminescente de 320×240 pixels e um modem de 1.200 bps. O alto custo e seu sistema operacional especializado limitaram seu uso apenas ao exército americano.

Inicialmente os notebooks eram voltados apenas para uso empresarial. A produção desse tipo de dispositivos ainda era marcada por produtos pesados, caros e com uma linguagem operacional quase incompreensível – o que limitava a sua venda para a população. Acesse o nosso post para conferir como surgiram os primeiros notebooks.

Primeiro modelo de uso pessoal

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A história dos computadores – até então com acesso limitado – começa a ter um rumo diferente em 12 de agosto de 1991, quando a poderosa IBM lança o primeiro computador voltado para o usuário final: o IBM PC 1550.  O computador tinha apenas 16 KB de memória RAM e 500 GB de disco rígido. Com preço de US$ 1.565, o aparelho foi um sucesso de vendas, com mais de 240 mil unidades vendidas em um mês.

Outro grande avanço aconteceu em 1984, com o lançamento de um novo modelo de computador pessoal da Apple, considerado um dos computadores de maior sucesso com uma interface gráfica amigável, usando ícones, janelas e mouse. O Macintosh possuía 128 K de memória e custava US$ 2.500 – mais de 50 mil unidades foram vendidas nos primeiros 100 dias.

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Depois disso, vários outros modelos foram lançados com diferentes tamanhos e especificações. Além de tecnologia, a concorrência impulsionava os fabricantes a desenvolver modelos cada vez menores e portáteis.

A popularização dos notebooks

A década de 90 foi marcada por grandes inovações e deu início a uma nova geração de laptops – categoria que viria a se consagrar de vez como o modelo de computador mais popular.

Nessa época, o mercado de dispositivos portáteis começa a registrar o lançamento dos primeiros laptops menos pesados e mais acessíveis – que mais se assemelham com os aparelhos ultra leves e potentes que temos atualmente.

Em 1992, a IBM foi responsável pelo lançamento de um dos laptops mais importantes da história: o Thinkpad. Ele era equipado com o Windows e funcionava com um processador 486 de 50 MHz, 4 MB de memória RAM e 120 MB de disco rígido. Outra grande mudança foi a presença do trackpoint, localizado no meio do teclado (um substituto do mouse).

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Até então todos os notebooks contavam com inúmeros cabos, mas em 1999 essa história mudou com a chegada do iBook. Desenvolvido pela Apple, o laptop foi o primeiro a promover internet Wi-Fi. O modelo em específico contava com memória RAM de 32 MB ou 64 MB e com processador PowerPC G3 (750) com 300 MHz.

Ultrabook

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Desenvolvido em 2011, o termo criado pela Intel serve para designar uma nova categoria de notebooks – ainda mais rápidos, finos e leves. Esse tipo de aparelho também se destaca por possui uma alta capacidade de armazenamento de dados – o que contribui ainda mais para a sua popularização. Marcas como Acer, ASUS, Dell, HP, Lenovo, Samsung, LG e Toshiba já lançaram versões de ultrabooks no mercado, seguindo os padrões estabelecidos pela Intel para a categoria.

A marca da maçã lançou um modelo de MacBook recentemente, que apesar de não ser denominado como ultrabook, também é ultra fino, ultra leve e ultra potente.

Atual cenário

Não há dúvidas de que o lançamento de notebooks mais potentes, aliado a toda a comodidade e portabilidade proporcionadas por eles, fez com que a categoria ganhasse a preferência dos consumidores. Tanto que, em 2010, o número de desktops cresceu 2%, enquanto a venda de dispositivos portáteis cresceu 26,3%. Durante o mesmo período no Brasil, foram vendidos mais de 7,15 milhões de notebooks, comparados a 6,85 milhões de desktops.

Na categoria de ultrabooks, a previsão é que o número de vendas aumente até o final do ano. Segundo pesquisa do Gartner Group, depois de cair 9,5% em 2013, a previsão é que ele sofra redução de apenas 2,9% em 2014 e cresça 2,66 até o final de 2015. Há ainda uma outra categoria que está ultrapassando o número de computadores no Brasil e no mundo: os tablets.

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Em 2013, foram 8,4 milhões de tablets vendidos no Brasil, contra 5,7 milhões de computadores de mesa e 8,2 milhões de notebook – pela primeira vez o número de tablets ultrapassou o número de computadores no país. Segundo a consultoria IDC, o custo mais atrativo dos dispositivos é um dos fatores que explicam a guinada.

A supremacia dos tablets chega ao Brasil com um ano de atraso do que já havia acontecido com o resto do mundo. Em 2012, as vendas globais de tablets (60 milhões) ultrapassaram as de notebook (50 milhões) e de desktops (36,5 milhões).

Os dados revelam que estamos diante de uma nova geração que prioriza ainda mais o uso de dispositivos práticos e de baixo custo – a exemplo dos tablets que proporcionam comodidade e ainda permitem aos consumidores realizarem as principais atividades que precisam em um mesmo aparelho. Isso nos mostra que a própria soberania dos tablets pode estar ameaçada caso um novo produto que proporcione ainda mais vantagens por um custo menor seja lançado no mercado.

Fontes: Priority Eletronics, Estadão, Globo, iMaster, Blog bringIT

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